domingo, maio 16, 2010

Papo-cabeça tem que ter coração

Com um pouquinho de atenção você irá reparar numa coisa que costuma acontecer muito: uma conversa está rolando e, de repente se inflama, seja qual for o lugar, dia e hora. Ali a maioria dos comentários dedicam-se a criticar alguém que, de preferência, não esteja presente.

É incrível como grande parte das pessoas se propõe a vigiar, espreitar e maldizer os problemas alheios, inconsequentemente, sem perceber conscientemente ou não, a sua própria paralização na aprendizagem evolucional como ser humano.

Enquanto fala nocivamente sobre o comportamento do outro, deixa de realizar coisas significativas, acovardando-se diante dos desafios e amarelando frente os riscos e as mudanças da vida. Ficam ali em grupo, relatando o que Fulano ou Sicrano fizeram ou disseram, numa filosofia improdutiva sobre a conduta alheia. Costumeiramente recorrem ao sarcasmo, à ironia para enfatizar suas observações a fim de prender a atenção dos demais ouvintes, na ilusão de se sentirem superiores.

Quanta perda de tempo! Os críticos são verdadeiros especialistas em detectar aquilo que não é da sua conta e possuem uma imensa dificuldade em aceitar os seus próprios defeitos. E, se por um acaso, alguém de mente saudável se contrapõe à sua performance, ele chega a se sentir ofendido, e até humilhado. Eles sempre sabem como Beltrano deveria ter agido, o que deveria ter feito, acrescentando-lhe adjetivos de menosprezo. Além disso, buscam cúmplices nas suas ilusórias e caricatas afirmações.

Em seu mundo íntimo essas pessoas que intimidam e, que desejam chamar a atenção para si quando proferem leviandades, vivem estagnadas e imobilizadas, sem qualquer chance de adquirir novos conceitos e assimilar novas ideias, recusando a crescer e deixando de celebrar vitórias pessoais e autorealizações.

Todo aquele que pratica a maledicência e a crítica severa, no fundo é um incapaz, frustrado e inabilidoso. Precisa de um palco para se sentir fantástico; é uma celebridade efêmera, cuja notoriedade dura muito pouco tempo. Semeiam solidão e com tempo, passam a ter sua presença até evitada. Aí partem para outra platéia, em busca de fama temporária que o façam se sentir bem, numa reciclagem desprovida de criatividade.

Sejamos sempre a água que apaga o fogo da maldade, a tampa que abafa a chama da leviandade e a ducha que resfria as palavras insanas e inconsequentes. A corrente do mal deve sempre terminar em nós.

Devemos nos esforçar todo o tempo a fim de não propagá-la. Dá trabalho, e como dá! Ser um soldado do bem é para os corajosos e dispostos a fazer da vida em sociedade um ambiente de paz e alegria. Tem dias, que não estaremos tão vigilantes e caíremos nessas ciladas, mas a partir do momento em que estivermos prontos para agir e resolver nossas próprias vidas, desprezaremos, conscientemente, esse tipo de conduta social.

É claro que existem conversas animadas, produtivas, enriquecedoras. Aqueles bate-papos alegres, positivos, prazeirosos e engraçados onde ficamos horas e horas entertidos, onde celebramos a arte do encontro e da convivência entre velhos e novos amigos, seja na praia, num bar, numa festa ou num evento. Isso é extremamente revigorante, desde que o assunto principal, não seja alguém que não esteja ali para se defender. Temos tantas coisas boas para falar e repartir entre amigos, basta enxergar o mundo e o próximo com uma ótica positiva.

Quando uma língua afiada quiser lhe fazer companhia ou sombra, não se deixe contaminar, dê meio sorriso e mude de assunto, isso costuma calar e desarmar as más intenções. Qual o lucro disso? Menos sofrimento, uma real percepção de nossas próprias limitações e a compreensão de que estamos todos aqui para nos tornarmos seres cada vez melhores. Ah, e a felicidade, com certeza, lhe visitará muito mais vezes!

Energias Positivas de Saúde, Paz e Amor!

Autoria: Ana Anciães
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