quinta-feira, janeiro 24, 2008

O presente de Deus

O que vale na vida é o momento que estamos atravessando. Seja qual for nossa exepctativa, o que conta é esse instante precioso que acontece nesse minuto.

Nessa fração mínima de tempo é que mora a oportunidade para melhorar o nosso futuro com ações construtivas e pensamentos edificantes. Devemos nos reportar ao passado apenas para lembrar das coisas boas. Caso contrário, seremos escravos do ontem.

Talvez seja por isso que o hoje, o aqui e o agora receba esse nome: presente. Pois é oferta de Deus para cada um de nós.

Fraternalmente,

Ana Anciães
luznaweb@gmail.com

quarta-feira, janeiro 23, 2008

A vida não é um Baile de Máscaras

Tem gente que por equívoco, carência, falta de oportunidade ou de orientação pensa que a vida é feita somente de confete, serpentina e em razão disso anda de máscara por aí, mentindo para os outros e o que é pior: para si mesmo. Esse tipo de conduta negativa enfraquece, drena a energia, consome o físico e o espírito levando o indivíduo a morrer aos poucos sem sentir.

Isso acontece porque quando faltamos com a verdade, começamos a caminhar em sentido oposto, voltamos aos pontos já ultrapassados, andamos em círculos e gastamos nossa chama interna de forma indevida. Essa luz que existe dentro de cada um de nós para clarear a nossa caminhada, acaba por nos faltar lá na frente. Quando mentimos ou fantasiamos a realidade, não estamos ofuscando a visão daqueles que estão perto de nós, pelo contrário, estamos nos cegando.

Passamos a gastar horas e horas de nossa existência em trabalhos mentais para sair daquela situação desagradável que nós mesmos criamos, para aliviar a dor que tentamos inicialmente evitar quando não assumimos nossos erros. E como dá trabalho mentir. Cansa a mente. Temos sempre que bolar novas idéias para proteger a mentira contada ontem. Isso vai se tornando um "vício", do qual muitas criaturas não conseguem mais largar. Junto com todo esse desconforto interno e externo vem o remorso. Aquela nuvem carregada quando sentimos na própria pele o mal que fazemos à outra pessoa. Isso é, aquele sentimento da culpa. Como ele nos corrói. Nessas horas nossa chama interna diminui e nos desorienta.

Para ilustrar, um exemplo muito comum é o daquele que trai o seu parceiro, que vive uma vida dupla, que não assume nem um relacionamento, nem o outro. Está com uma pessoa e pensa na outra e vice-versa. Fatalmente, com uma das duas, estará sempre brigando. Vai optando pela companhia de uma ou de outra, de acordo com os gestos receptivos do parceiro, se esses não corresponderem à sua expectativa, eis aí um aval para sua própria explosão. Combustão essa que na verdade, é fruto da sua consciência em desalinho. Quem mente precisa de motivos para que briguem com ele. Ele vai farejando situações para que o outro inocentemente caia em sua armadilha e quando o encaçapa: bingo! Era tudo que precisa para desertar. Sai e deixa um rastro de dor e angústia, caso o outro não esteja emocionalmente estruturado. Chega a transferir para o outro a responsabilidade por tudo que aconteceu, como se isso o eximisse de qualquer transtorno causado. Se o traído se magoa e cobra dele uma postura, melhor para ele, assim pensa estar livre e alivia sua própria culpa. Quando as coisas se acalmam, ele volta para a pessoa “amada” por vontade própria ou se o chamarem. Depois pede desculpas ou não, e na primeira oportunidade, fará tudo de novo. Repetirá as mesmas atitudes até aprender a gostar de si mesmo. Até se encontrar com o seu próprio ser. Quando finalmente tiver assimilado a lição, descobrirá que a felicidade que tanto buscou num mundo de ilusão era real e palpável. Nessas experiências tortuosas sofre quem trai e quem é traído. Sobra dor e falta alegria. No fim das contas, costuma haver poucos lucros para as partes envolvidas. Experiências assim muitas vezes são inevitáveis e fazem parte do aprendizado emocional do ser humano, da habilidade em que cada um tem ou não para o exercício da paixão todavia, se adotadas como conduta na vida, nos torna seres sedentos de paz.

O ser dividido é extremamente infeliz, e na maioria das vezes, não sabe e nem quer admitir isso. Muitos agem assim porque tem baixa estima, não tiveram a devida atenção quando crianças, não se sentem valorizados, carregam chagas e complexos de inferioridade que o fazem ferir os que estão perto deles lhes dando amor e atenção. É um processo, muitas vezes, inconsciente que os leva à autodestruição. Partem para um escape da realidade, se envolvem em contendas fúteis, vícios e situações onde possam espalhar toda a sua agressividade. Na verdade acabam se vingando em si mesmos. Fica difícil para quem não sente amor próprio, reconhecer o amor que recebe. Ele desconfia o tempo dele mesmo, como confiar em alguém? Perdem um tempo precioso da vida que não recuperam mais. Sem falar nas pessoas especiais que atravessam seu caminho, e que por desconhecimento, “dispensam”. No fundo é um processo penoso para quem está dentro e fora dele. Não somos perfeitos e estamos aqui para evoluir, mas permanecer no erro é estagnar. Em água parada nada se cria e as doenças se espalham. Viver uma relação, antes de mais nada, precisa ser saudável.

Existem também outros exemplos de fantasias que vemos em abundância no nosso cotidiano: o manto da imaturidade dos que querem parecer o que não são, o véu da vaidade que faz camuflar o perdão diante da falha de um companheiro e por aí vai.

Durante o reinado do Momo devemos aproveitar para assumir esses personagens fictícios que gostamos de ser, vestir a fantasia para brincar com a vida. O Carnaval é um palco que existe para suprir essa necessidade íntima de nos fazermos passar por outra pessoa, mesmo que temporariamente. Tem muito riso, muita alegria e mais de mil palhaços no salão, aproveite! Só não vale estender esse feriadão ao longo de todos os dias do ano. Depois da folia, lembre-se, vale a coerência, pois só a verdade nos harmoniza e nos leva ao encontro do amor, esse sentimento único que perseguimos desde que nascemos.
Fraternalmente,

Ana Anciães
luznaweb@gmail.com





terça-feira, janeiro 15, 2008

Internete-se!

É contraditório, mas a medida em que nos relacionamos de forma extremamente fácil com as outras pessoas via web, parece que vai ficando cada vez mais difícil nos conectarmos com o nosso próprio ser. Dispomos de um fenômeno de comunicação - a Internet - que nos permite um contato instantâneo com o outro, todavia nunca estivemos tão ilhados em nosso próprio mundo. Atualmente as amizades virtuais proliferam, assim como os romances digitais. Relações afetivas terminam por e.mail ou por torpedo sem nem sequer nos darmos ao trabalho de olharmos nos olhos do (a) parceiro(a): é o adeus que não dá trabalho. Em contrapartida, muitos namoros e casamentos também se iniciam nos sites de relacionamento. De todos os sentidos, o que mais usamos hoje é a visão. Podemos enxergar na tela de um computador notícias de todos os lugares do mundo, aprender sobre qualquer assunto nos sites de pesquisa, penetrarmos na vida privada das celebridades, tudo num simples clique. O fator beleza está super valorizado em cada retoque digital, nos apresentando um mundo externo de "criaturas esteticamente perfeitas". É o artificial se sobrepondo ao natural.

Essa divisão entre o mundo globalizado ao alcance da nossa tela e o nosso mundo interior, enquanto enfraquece o amor e a sociabilidade, fortalece o isolamento e a individualidade. Este é o preço que pagamos e o risco que corremos por tanto conforto tecnológico: o desconforto do nosso "eu". Abraço e carinho estão se tornando componentes raros no nosso cotidiano e o ser humano não nasceu para viver sozinho. Cada pessoa que atravessa o nosso caminho é uma benção para nós. Seja pela dor ou pela alegria que a convivência com o outro nos traga, isso é que nos torna pessoas melhores. Precisamos de companhia para nos sentirmos vivos e próximos de Deus.

É inegável o valor que as novas tecnologias trouxeram para a humanidade, seja na medicina ou qualquer outro ramo da ciência, alavancando o nosso desenvolvimento e salvando vidas. Entretanto, não dá para ficar diante do computador apenas como um espectador da felicidade e das tragédias alheias, ou como um personagem de um mundo irreal e distante.

Internete-se com você e todos aqueles que estão ao seu alcance no mundo real. Os bons momentos passam muito mais rápido do que o "abre e fecha" das janelas dos micros. Lembre-se: a emoção, o cheiro, o toque e o gosto são macros.

Energias Positivas de Saúde, Paz e Amor!

Ana Anciães
luznaweb@gmail.com