sábado, agosto 30, 2008

Presente de grego

Faz parte do nosso cotidiano recebermos ofertas que não desejamos. Pode vir na forma de uma agressividade gratuita de um estressado, de uma atitude brusca de um desequilibrado, de um insulto perverso de um desesperado, de um comentário desnecessário a seu respeito que alguém vem te contar, enfim essas migalhas de negatividade que a maioria das pessoas deixa cair gratuitamente quando mastiga o pão da ignorância.

Detalhe: é sempre melhor imaginarmos que é por ignorância e não, por pura maldade. Isso nos ajuda a ver o mundo de uma forma mais positiva, isto é, com amor pelos nossos irmãos. Aquele sentimento nobre de Jesus pelos homens. Afinal de contas, estamos todos aqui aprendendo a sermos pessoas melhores.

O grande exercício de fortaleza interior nessas horas supreendentes em que recebemos esses presentes de grego, é permanecermos impassíveis. Devemos continuar seguindo a nossa rota na estrada da evolução, sem parar para aceitar esse brinde. Não aceite esse negativismo como presente, agindo assim, você o estará devolvendo a quem tentou entregá-lo.

Lembre-se: ninguém pode lhe roubar a sua calma, a sua paz, o seu entusiasmo, a sua ternura, a sua alegria ou qualquer outra coisa boa que você traga consigo. A não ser que você permita.

Energias positivas de saúde, paz e amor!

Ana Anciães
luznaweb@gmail.com

domingo, fevereiro 24, 2008

São dois pra lá, dois pra cá

Olhe ao seu redor e procure analisar rapidamente quem está ao seu lado. Existe alguém com quem você divide conversas agradáveis, recarrega suas baterias, troca gentilezas ou carinhos, se despe de máscaras e expõe tudo que sente? Você tem vontade de estar perto dessa pessoa a maior parte do seu tempo? Se tem alguém ao seu redor assim, parabéns, você não é apenas uma pessoa de sorte, é um parceiro de verdade, seja no amor ou na amizade.

Se não existe alguém assim por perto de você, calma! Essa solidão temporária não é nada tão grave ou incomum. Nem se culpe por isso. Você só precisará fazer alguns ajustes. Terá que repensar seus gestos e seus atos. Perdoe-se! As coisas também podem não estar indo muito bem ultimamente e você tenha se esquecido de dar mais, do que receber. Você terá apenas que aprender a dançar um passinho básico na valsa da vida: dois pra lá, dois pra cá.

A vida é sempre melhor quando não estamos sozinhos. Essa lição, aprendemos cedo. Pare e pense, por exemplo, na sua adolescência. O que você não fazia para estar ao lado dos seus amigos naquela época? Com certeza, encarava briga com os pais, com o namorado ou a namorada, só para fazer programas juntos e estar perto daquelas pessoas que te faziam bem, que dividiam com você as mesmas expectativas, sonhos e outros tantos feitos sensacionais. Você foi crescendo, tomando novos rumos e as responsabilidades aumentaram. Hoje o seu tempo é escasso e não sobra uma brecha na sua agenda para confraternizar e jogar conversa fora com aqueles companheiros que acreditavam em você.

Além do mais, atualmente, grande parte da informação que encontramos na mídia nos orientam como ser vencedores, campeões, enfim pessoas bem sucedidas. Entretanto, subestimam nesse processo o valor do companheirismo, do amor e da amizade entre os seres humanos. E, nenhum de nós constrói nada sozinho. Grande obras e vidas enriquecedoras são delineadas, no mínimo, à quatro mãos e em sua maioria, em cirandas. Não existe nada de positivo na vida que seja fruto da individualidade, do orgulho, do egoísmo e do isolamento.

Fortaleça seus vínculos e troque energia com as pessoas ao seu redor. Mude o seu foco, de interno, para externo. Não fique esperando aquele e.mail especial, o seu telefone tocar, nem alguém lhe convidar para sair. Vá ao encontro das pessoas, desarme-se, abra as portas do seu coração e lhes dê de presente a sua presença. Procure agir com espontaneidade, assim como as crianças que sorriem facilmente para qualquer desconhecido. Lembre-se: um pra lá, um pra cá, é uma dança muito sem graça.

Fraternalmente,

Ana Anciães
luznaweb.blogspot.com
luznaweb@gmail.com

domingo, fevereiro 17, 2008

Amor Próprio - navegando entre a prioridade e a propriedade.

O segredo do amor próprio é semear o desapego. É despreender-se do passado, de nossas escolhas infelizes, de sonhos não realizados, de pessoas e objetos que um dia criamos a expectativa de nos pertencer.

Gostar de si mesmo é dar ao amor um sentido de prioridade e não, de propriedade. É aceitar o recomeço como parte integrante de nossa vida. É saber que nada, nem ninguém nos pertence. Assim como não somos de ninguém. Não é uma lição fácil, dói e muito, todavia se amenizada pela fé em que Deus nos reserva sempre o melhor, torna-se profunda e edificante.

O único amor que podemos tomar posse e controle, é o amor próprio. A auto estima é o ingrediente que mantém elevada nossa reserva de ânimo para os saudáveis combates da vida. Aceitar a nós mesmos, como seres imperfeitos, torna-nos aptos a compreender que quando alguém a quem dedicamos afeto e dedicação inquestionáveis vai embora de nossa vida, é porque de fato, nunca nos pertenceu. Da mesma forma que, ao decidirmos tentar um novo relacionamento, podemos acertar em cheio, ou não. Quando nos enxergamos como criaturas passíveis de erros a vida fica mais leve. Isso nos fará perceber que quando uma oportunidade profissional ou material é perdida, nos levará a aproveitar mais rápido uma outra mais adiante, aumentando o nosso grau de acerto.

Da próxima vez que você estiver diante do espelho, procure olhar a luz divina que o abençoa todos os dias e ignore por completo as sombras que os pesadelos de as suas auto condenações lhe pesam. Aceite de coração aberto a chance que a sua existência lhe proporciona, que é tecer o futuro em cada ação do presente. As histórias dos vencedores também são escritas por capítulos recheados de "derrotas" e contrariedades.

Diminua suas recaídas, não permita que a fadiga mental perturbe o seu sono. Não escape da realidade, fazendo valer a sua vontade e ignorando o livre arbítrio de seus irmãos, que assim como você, são aprendizes no caminho da evolução. Se não consegue perdoar aos outros em palavras, pelo menos faça-o em pensamento. Perdoe-se também, assumindo novas condutas através de atitudes renovadoras.

O amor próprio nos isenta de muitos sofrimentos. É a ferramenta indispensável para a construção de nossa realização pessoal. Não deixe para depois, a dádiva que é amar a si mesmo. Agora é sempre a melhor hora. Lembre-se que aquele que não se aceita, a felicidade rejeita.

Energias Positivas de Saúde, Paz e Amor!

Ana Anciães
luznaweb.blogspot.com

quinta-feira, janeiro 24, 2008

O presente de Deus

O que vale na vida é o momento que estamos atravessando. Seja qual for nossa exepctativa, o que conta é esse instante precioso que acontece nesse minuto.

Nessa fração mínima de tempo é que mora a oportunidade para melhorar o nosso futuro com ações construtivas e pensamentos edificantes. Devemos nos reportar ao passado apenas para lembrar das coisas boas. Caso contrário, seremos escravos do ontem.

Talvez seja por isso que o hoje, o aqui e o agora receba esse nome: presente. Pois é oferta de Deus para cada um de nós.

Fraternalmente,

Ana Anciães
luznaweb@gmail.com

quarta-feira, janeiro 23, 2008

A vida não é um Baile de Máscaras

Tem gente que por equívoco, carência, falta de oportunidade ou de orientação pensa que a vida é feita somente de confete, serpentina e em razão disso anda de máscara por aí, mentindo para os outros e o que é pior: para si mesmo. Esse tipo de conduta negativa enfraquece, drena a energia, consome o físico e o espírito levando o indivíduo a morrer aos poucos sem sentir.

Isso acontece porque quando faltamos com a verdade, começamos a caminhar em sentido oposto, voltamos aos pontos já ultrapassados, andamos em círculos e gastamos nossa chama interna de forma indevida. Essa luz que existe dentro de cada um de nós para clarear a nossa caminhada, acaba por nos faltar lá na frente. Quando mentimos ou fantasiamos a realidade, não estamos ofuscando a visão daqueles que estão perto de nós, pelo contrário, estamos nos cegando.

Passamos a gastar horas e horas de nossa existência em trabalhos mentais para sair daquela situação desagradável que nós mesmos criamos, para aliviar a dor que tentamos inicialmente evitar quando não assumimos nossos erros. E como dá trabalho mentir. Cansa a mente. Temos sempre que bolar novas idéias para proteger a mentira contada ontem. Isso vai se tornando um "vício", do qual muitas criaturas não conseguem mais largar. Junto com todo esse desconforto interno e externo vem o remorso. Aquela nuvem carregada quando sentimos na própria pele o mal que fazemos à outra pessoa. Isso é, aquele sentimento da culpa. Como ele nos corrói. Nessas horas nossa chama interna diminui e nos desorienta.

Para ilustrar, um exemplo muito comum é o daquele que trai o seu parceiro, que vive uma vida dupla, que não assume nem um relacionamento, nem o outro. Está com uma pessoa e pensa na outra e vice-versa. Fatalmente, com uma das duas, estará sempre brigando. Vai optando pela companhia de uma ou de outra, de acordo com os gestos receptivos do parceiro, se esses não corresponderem à sua expectativa, eis aí um aval para sua própria explosão. Combustão essa que na verdade, é fruto da sua consciência em desalinho. Quem mente precisa de motivos para que briguem com ele. Ele vai farejando situações para que o outro inocentemente caia em sua armadilha e quando o encaçapa: bingo! Era tudo que precisa para desertar. Sai e deixa um rastro de dor e angústia, caso o outro não esteja emocionalmente estruturado. Chega a transferir para o outro a responsabilidade por tudo que aconteceu, como se isso o eximisse de qualquer transtorno causado. Se o traído se magoa e cobra dele uma postura, melhor para ele, assim pensa estar livre e alivia sua própria culpa. Quando as coisas se acalmam, ele volta para a pessoa “amada” por vontade própria ou se o chamarem. Depois pede desculpas ou não, e na primeira oportunidade, fará tudo de novo. Repetirá as mesmas atitudes até aprender a gostar de si mesmo. Até se encontrar com o seu próprio ser. Quando finalmente tiver assimilado a lição, descobrirá que a felicidade que tanto buscou num mundo de ilusão era real e palpável. Nessas experiências tortuosas sofre quem trai e quem é traído. Sobra dor e falta alegria. No fim das contas, costuma haver poucos lucros para as partes envolvidas. Experiências assim muitas vezes são inevitáveis e fazem parte do aprendizado emocional do ser humano, da habilidade em que cada um tem ou não para o exercício da paixão todavia, se adotadas como conduta na vida, nos torna seres sedentos de paz.

O ser dividido é extremamente infeliz, e na maioria das vezes, não sabe e nem quer admitir isso. Muitos agem assim porque tem baixa estima, não tiveram a devida atenção quando crianças, não se sentem valorizados, carregam chagas e complexos de inferioridade que o fazem ferir os que estão perto deles lhes dando amor e atenção. É um processo, muitas vezes, inconsciente que os leva à autodestruição. Partem para um escape da realidade, se envolvem em contendas fúteis, vícios e situações onde possam espalhar toda a sua agressividade. Na verdade acabam se vingando em si mesmos. Fica difícil para quem não sente amor próprio, reconhecer o amor que recebe. Ele desconfia o tempo dele mesmo, como confiar em alguém? Perdem um tempo precioso da vida que não recuperam mais. Sem falar nas pessoas especiais que atravessam seu caminho, e que por desconhecimento, “dispensam”. No fundo é um processo penoso para quem está dentro e fora dele. Não somos perfeitos e estamos aqui para evoluir, mas permanecer no erro é estagnar. Em água parada nada se cria e as doenças se espalham. Viver uma relação, antes de mais nada, precisa ser saudável.

Existem também outros exemplos de fantasias que vemos em abundância no nosso cotidiano: o manto da imaturidade dos que querem parecer o que não são, o véu da vaidade que faz camuflar o perdão diante da falha de um companheiro e por aí vai.

Durante o reinado do Momo devemos aproveitar para assumir esses personagens fictícios que gostamos de ser, vestir a fantasia para brincar com a vida. O Carnaval é um palco que existe para suprir essa necessidade íntima de nos fazermos passar por outra pessoa, mesmo que temporariamente. Tem muito riso, muita alegria e mais de mil palhaços no salão, aproveite! Só não vale estender esse feriadão ao longo de todos os dias do ano. Depois da folia, lembre-se, vale a coerência, pois só a verdade nos harmoniza e nos leva ao encontro do amor, esse sentimento único que perseguimos desde que nascemos.
Fraternalmente,

Ana Anciães
luznaweb@gmail.com





terça-feira, janeiro 15, 2008

Internete-se!

É contraditório, mas a medida em que nos relacionamos de forma extremamente fácil com as outras pessoas via web, parece que vai ficando cada vez mais difícil nos conectarmos com o nosso próprio ser. Dispomos de um fenômeno de comunicação - a Internet - que nos permite um contato instantâneo com o outro, todavia nunca estivemos tão ilhados em nosso próprio mundo. Atualmente as amizades virtuais proliferam, assim como os romances digitais. Relações afetivas terminam por e.mail ou por torpedo sem nem sequer nos darmos ao trabalho de olharmos nos olhos do (a) parceiro(a): é o adeus que não dá trabalho. Em contrapartida, muitos namoros e casamentos também se iniciam nos sites de relacionamento. De todos os sentidos, o que mais usamos hoje é a visão. Podemos enxergar na tela de um computador notícias de todos os lugares do mundo, aprender sobre qualquer assunto nos sites de pesquisa, penetrarmos na vida privada das celebridades, tudo num simples clique. O fator beleza está super valorizado em cada retoque digital, nos apresentando um mundo externo de "criaturas esteticamente perfeitas". É o artificial se sobrepondo ao natural.

Essa divisão entre o mundo globalizado ao alcance da nossa tela e o nosso mundo interior, enquanto enfraquece o amor e a sociabilidade, fortalece o isolamento e a individualidade. Este é o preço que pagamos e o risco que corremos por tanto conforto tecnológico: o desconforto do nosso "eu". Abraço e carinho estão se tornando componentes raros no nosso cotidiano e o ser humano não nasceu para viver sozinho. Cada pessoa que atravessa o nosso caminho é uma benção para nós. Seja pela dor ou pela alegria que a convivência com o outro nos traga, isso é que nos torna pessoas melhores. Precisamos de companhia para nos sentirmos vivos e próximos de Deus.

É inegável o valor que as novas tecnologias trouxeram para a humanidade, seja na medicina ou qualquer outro ramo da ciência, alavancando o nosso desenvolvimento e salvando vidas. Entretanto, não dá para ficar diante do computador apenas como um espectador da felicidade e das tragédias alheias, ou como um personagem de um mundo irreal e distante.

Internete-se com você e todos aqueles que estão ao seu alcance no mundo real. Os bons momentos passam muito mais rápido do que o "abre e fecha" das janelas dos micros. Lembre-se: a emoção, o cheiro, o toque e o gosto são macros.

Energias Positivas de Saúde, Paz e Amor!

Ana Anciães
luznaweb@gmail.com