quarta-feira, maio 26, 2010

Tristeza tem fim, quando eu gosto de mim


"Um dia a gente ganha, no outro a gente perde." Quantas vezes já ouvimos essa frase por aí? Ou outras famosas como: "Faz parte" e "Bola pra frente".

Todas são feitas sob medida para momentos de tristeza após perdas ou derrotas que nos atingem na batalha da vida. Realmente, não somos obrigados a ser fortes todo o tempo. Em nosso aprendizado evolutivo, caímos, choramos e, finalmente, levantamos. O que diferencia uma pessoa da outra não é somente o tempo de reação diante da dificuldade. É e o amor que ela tem por si mesma.

Essa auto estima elevada é que não nos deixará permanecer tristes por muito tempo. O amor próprio é um escudo poderoso que nos livra dos golpes e experiências dolorosas aos quais nossa existência nos impõe. A tristeza só tem fim, quando eu gosto de mim.

Se sou cruel comigo, se me torturo com remorsos e lembranças, se me agrido com arrependimentos, com autocríticas severas, não há como sair dessa escuridão e encontrar a luz. Vou ficar ali, estagnado naquele estágio de solidão, desânimo e fuga da realidade. O que oxigena nossas emoções é aceitar nossas limitações, inclusive diante do poder de Deus; é encarar nossos erros; apreciar o que temos de bom e, tirar proveito desse potencial.

Quando nos rejeitamos, deixamos a tristeza cavar suas garras perversas dentro de nós. Desse modo, será muito mais difícil reencontrarmos a alegria de viver. Amar a si mesmo não é só se olhar no espelho e gostar do que vê. É se pertencer, é ser dono de suas ações e escolhas, é gerenciar sua própria vida, assumindo todos os riscos e convivendo com cenários diversos. É ser independente não somente na vida material, é conquistar a autonomia emocional.

Não deixe que a tristeza lhe ocupe a mente e o coração mais do que alguns dias. O tempo irá te mostrar como tudo isso te fará mais feliz.

Energias Positivas de Saúde, Paz e Amor!

Autoria: Ana Anciães
luznaweb@gmail.com


domingo, maio 16, 2010

Papo-cabeça tem que ter coração

Com um pouquinho de atenção você irá reparar numa coisa que costuma acontecer muito: uma conversa está rolando e, de repente se inflama, seja qual for o lugar, dia e hora. Ali a maioria dos comentários dedicam-se a criticar alguém que, de preferência, não esteja presente.

É incrível como grande parte das pessoas se propõe a vigiar, espreitar e maldizer os problemas alheios, inconsequentemente, sem perceber conscientemente ou não, a sua própria paralização na aprendizagem evolucional como ser humano.

Enquanto fala nocivamente sobre o comportamento do outro, deixa de realizar coisas significativas, acovardando-se diante dos desafios e amarelando frente os riscos e as mudanças da vida. Ficam ali em grupo, relatando o que Fulano ou Sicrano fizeram ou disseram, numa filosofia improdutiva sobre a conduta alheia. Costumeiramente recorrem ao sarcasmo, à ironia para enfatizar suas observações a fim de prender a atenção dos demais ouvintes, na ilusão de se sentirem superiores.

Quanta perda de tempo! Os críticos são verdadeiros especialistas em detectar aquilo que não é da sua conta e possuem uma imensa dificuldade em aceitar os seus próprios defeitos. E, se por um acaso, alguém de mente saudável se contrapõe à sua performance, ele chega a se sentir ofendido, e até humilhado. Eles sempre sabem como Beltrano deveria ter agido, o que deveria ter feito, acrescentando-lhe adjetivos de menosprezo. Além disso, buscam cúmplices nas suas ilusórias e caricatas afirmações.

Em seu mundo íntimo essas pessoas que intimidam e, que desejam chamar a atenção para si quando proferem leviandades, vivem estagnadas e imobilizadas, sem qualquer chance de adquirir novos conceitos e assimilar novas ideias, recusando a crescer e deixando de celebrar vitórias pessoais e autorealizações.

Todo aquele que pratica a maledicência e a crítica severa, no fundo é um incapaz, frustrado e inabilidoso. Precisa de um palco para se sentir fantástico; é uma celebridade efêmera, cuja notoriedade dura muito pouco tempo. Semeiam solidão e com tempo, passam a ter sua presença até evitada. Aí partem para outra platéia, em busca de fama temporária que o façam se sentir bem, numa reciclagem desprovida de criatividade.

Sejamos sempre a água que apaga o fogo da maldade, a tampa que abafa a chama da leviandade e a ducha que resfria as palavras insanas e inconsequentes. A corrente do mal deve sempre terminar em nós.

Devemos nos esforçar todo o tempo a fim de não propagá-la. Dá trabalho, e como dá! Ser um soldado do bem é para os corajosos e dispostos a fazer da vida em sociedade um ambiente de paz e alegria. Tem dias, que não estaremos tão vigilantes e caíremos nessas ciladas, mas a partir do momento em que estivermos prontos para agir e resolver nossas próprias vidas, desprezaremos, conscientemente, esse tipo de conduta social.

É claro que existem conversas animadas, produtivas, enriquecedoras. Aqueles bate-papos alegres, positivos, prazeirosos e engraçados onde ficamos horas e horas entertidos, onde celebramos a arte do encontro e da convivência entre velhos e novos amigos, seja na praia, num bar, numa festa ou num evento. Isso é extremamente revigorante, desde que o assunto principal, não seja alguém que não esteja ali para se defender. Temos tantas coisas boas para falar e repartir entre amigos, basta enxergar o mundo e o próximo com uma ótica positiva.

Quando uma língua afiada quiser lhe fazer companhia ou sombra, não se deixe contaminar, dê meio sorriso e mude de assunto, isso costuma calar e desarmar as más intenções. Qual o lucro disso? Menos sofrimento, uma real percepção de nossas próprias limitações e a compreensão de que estamos todos aqui para nos tornarmos seres cada vez melhores. Ah, e a felicidade, com certeza, lhe visitará muito mais vezes!

Energias Positivas de Saúde, Paz e Amor!

Autoria: Ana Anciães
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domingo, maio 02, 2010

Filhos

No mês das Mães gostaria de partilhar com vocês um capítulo do livro O Profeta de Gibran Khalil Gibran. Trata-se de uma passagem lindíssima que fala acerca dos filhos. Leitura imprescindível para quem os tem, para os que pretendem tê-los, e para todos os filhos também.

No meio da multidão que ouvia o profeta uma mulher que carregava uma criança no colo pediu uma orientação sobre filhos e ele lhes disse:

"Vossos filhos não são vossos filhos.
São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma.
Vêm através de vós, mas não de vós.
E embora vivam convosco, não vos pertencem.

Podeis outorgar-lhes vosso amor,
mas não vossos pensamentos,

porque eles têm seus próprios pensamentos.
Pois suas almas moram na mansão do amanhã,
que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho.
Podeis esforçar-vos por ser como eles,
mas não procureis fazê-los como vós.
Porque a vida não anda para trás
e não se demora com os dias passados.

Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas.
O Arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com toda a sua força para que as suas flechas se projetem, rápidas e para longe.
Que vosso encurvamento na mão do Arqueiro seja vossa alegria:
Pois assim como Ele ama a flecha que voa,
ama também o arco que permanece estável."

Parabéns a todas as mães, e pais também. Que o Bondoso Deus, o Arqueiro, lhes cubram de bençãos e lhes renovem a força na criação de seus filhos e missão de orientá-los por todo o sempre.

Energias Positivas de Saúde, Paz e Amor!

Ana Anciães
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