quarta-feira, junho 28, 2006

Raiva - A máscara do medo

Aquele dentre nós que nunca teve um acesso de raiva "que atire a primeira pedra". De onde vem esse raio fulminante que nos faz ferir e sermos feridos ao mesmo tempo? A raiva é oriunda do nosso medo. Medo da vida, medo de amar, medo de sermos preteridos, desvalorizados, subjugados, medo de perder, medo de se entregar por inteiro... Essa tormenta mental que nos faz destilar veneno e que desordena as nossas emoções mascara a nossa insegurança interior.

Como animais irracionais atacamos em legítima defesa, antes que nos "agridam". Ter um acesso de fúria, além de acarretar grandes transtornos físicos, mentais e espirituais, é o caminho mais curto para a solidão. O agressor que explode em ira é vítima de si mesmo, pois desconhece, muitas vezes por ignorância, ou por falta de oportunidade de um esclarecimento, que existem estradas menos penosas para se trilhar nesta vida. Poupe-se disso!

Sentir raiva é perfeitamente natural e instintivo. Agir e reagir continuamente dessa forma é semear infelicidade. Porque ninguém quer andar rente à uma cerca de arame farpado, próximo a uma granada ou perto de um arbusto espinhoso.

Da próxima vez em que sentir medo, frustração ou culpa, evite a irritação. Busque refúgio na prece, numa lembrança positiva de um sorriso, um gesto de carinho ou de um olhar de amor. Respire fundo, aproveite para praticar o autocontrole e não se permita permanecer nessa conduta incandescente. Agindo assim você dará um conforto a si mesmo e poderá usufruir de boa saúde numa existência plena e muito mais feliz.

Ana Anciães
anaanciaes@gmail.com
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